Acesso à habitação é determinante para trabalhadores remotos. E o altos valores das rendas em Lisboa está a pesar na decisão.
Dubai transformou-se no melhor destino para nómadas digitais, segundo um estudo anual da consultora imobiliária Savills. A cidade dos Emirados Árabes Unidos conseguiu ultrapassar Lisboa, líder do ranking no ano passado, e que, entretanto, caiu para a 5ª posição. Acesso à habitação na capital portuguesa poderá estar a afastar trabalhadores remotos.
O estudo da Savills avaliou 20 mercados residenciais, tendo em conta as cinco categorias mais relevantes para os trabalhadores remotos: velocidade da internet, qualidade de vida, ligações aéreas e rendas prime.
Segundo a Bloomberg, à medida que os preços dos arrendamentos aumentam nos ‘hotspots’ dos nómadas digitais, o acesso à habitação em propriedades de primeira linha tornou-se um fator crucial no momento de decidir para onde se mudam a seguir. E Lisboa, que foi líder da tabela, caiu para o 5º lugar à medida que as rendas dispararam na cidade.
“Como sabemos, o mercado imobiliário de Lisboa está numa fase em que a procura supera a oferta. No caso do mercado de arrendamento esta situação ainda é mais visível, podendo ter um impacto negativo na procura de arrendamento de valores médios. Ainda assim, a cidade de Lisboa mantém-se como uma das cidades mundiais mais apelativas e atrativas para receber nómadas digitais",
Miguel Lacerda, Lisbon Residential Director da Savills Portugal,
Dubai é agora o destino de eleição dos nómadas, seguido por Málaga, Miami e Abu Dhabi. O Algarve aparece no 9º lugar da tabela (em 2022 estava na 4ª posição), à frente das Ilhas Caimão, da Côte d’Azur ou de das Bahamas, mas atrás de Barcelona ou Palma de Maiorca.
“Os setores de fintech e de serviços financeiros em rápido crescimento no Dubai, juntamente com um a isenção de impostos e elevada qualidade de vida, são fatores muito apelativos para os nómadas digitais”,
Swapnil Pillai, Associate Director da Savills Middle East Research.
De acordo com a publicação, estes setores estão a atrair muitos trabalhadores híbridos seniores, alguns dos quais impactados pelos cortes de emprego registados nos últimos tempos nesta indústria à escala global. "Muitos foram impactados por demissões em empresas globais de tecnologia", acrescentou o responsável.
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Fonte: Idealista
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