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Casas sobrelotadas: valor está no nível mais alto desde 2010



Os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) vêm confirmar a dificuldade, cada vez mais acentuada, em comprar ou arrendar casa em Portugal, quer pela escassez de casas disponíveis, quer pelos preços altos. Estas condicionantes têm afetado famílias de todos os estratos sociais, e sobretudo jovens, obrigando muitas pessoas a voltar para casa dos pais ou a partilhar quartos com os filhos. 


De acordo com os dados apurados, em 2023, uma em cada cinco famílias habitava num imóvel sem divisões suficientes para o número de pessoas do agregado. Assim, 12,9% da população vive em habitações sobrelotadas, sendo que deste total, 21% corresponde a jovens e 14% diz respeito a pessoas em idade adulta. 


A taxa de sobrelotação da habitação aumentou, no ano passado, 3,5% face a 2022, e é já a mais alta desde 2010, que nesta altura se fixava nos 14,6%. 

O aumento pode ser explicado com o facto de muitas destas famílias se terem visto obrigadas a vender as suas casas e, sem encontrarem uma alternativa que conseguissem suportar, acabaram numa situação de sobrelotação. Outras situações podem dever-se à saída forçada de casas nas quais os senhorios não renovaram os contratos. 


O facto é que, entre 2022 e 2023, o número de pessoas a viver em situação de sobrelotação subiu 37%, o que totaliza mais 370 mil pessoas do que no ano anterior. 


Leia matéria na integra aqui.


Fonte: Supercasa

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